terça-feira, 28 de junho de 2011

Onde estou?

Onde estou?
Que lugar é esse que todo mundo tem medo?
Que precisa se sentir protegido
Seguro por uma força maior que a sua
Mas essa força tem que ser abstrata porque concreta não é possível crer
E só assim as pessoas se permitem ser felizes
No meio da desgraça

Parecem gostar de sonhar, de imaginar...
O sonho e a imaginação do outro tem mais valor
Mais credibilidade
Mais verdade
E quando encontram o que consideram verdade
A vestem como uma roupa que cola na alma,

Duro de tirar
E nada mais querem ver
Com medo de perder
Sua roupa
Sua segurança
Proteção
E a certeza de que realmente encontrou o poder.
Não olham para os lados
Vivem como reféns ou bichos medrosos
Escondidos em suas verdades
Mas se por um segundo conseguir se ver sem  a roupa
Vai ver uma infinidade de verdades
Que não existem donos
Mas mesmo vendo tudo
Fica difícil
Porque o medo continua deixando-o inseguro
Necessitado de proteção,
De acreditar mesmo que algo inimaginável
Vai te proteger
De toda sua essência e natureza
Sua maldade natural
Que as verdades insistem em eliminar
A tentativa desesperada de eliminar sua essência
Deixa-o cego e doente
Não permite que viva
Nem que sinta
Nem pense
Atributos naturais e essenciais do ser humano
São sufocados, para exaltar uma natureza tão almejada
Mas desconhecida,

idealizada por uns
E creditada por outros
Que lugar é esse
Que as pessoas buscam de maneira estranha ser feliz?


Maria Eliza

Um comentário:

  1. O texto gruda na textura ao fundo e infere a sensação de vertigem de não saber onde está... Que lugar é esse?

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